Igreja de Nossa Senhora do Desterro
Igreja de Nossa Senhora do Desterro
Rua Amaral Costa, 141 - Praça Dom João Esberard - Campo Grande
23050-260 - Rio de Janeiro - RJ
Telefones: (21)2413-4837, (21)2415-5756
E-Mail: paroquiansradodesterro@uol.com.br
Igreja de Nossa Senhora do Desterro
Mitra Arquiepiscopal
Descrição: Em uma elevação que outrora foi uma colina, na Praça Dom João Esberard, em Campo Grande, está erigida esta histórica e bicentenária Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, um marco histórico do populoso bairro que em janeiro de 2005 completou 250 anos. A Matriz foi construída no estilo barroco colonial brasileiro.
Histórico: Em tempos remotos, a freguesia de Campo Grande não possuía um templo para a prática da religião católica, e a população local se valia da Capela de Nossa Senhora do Desterro, erigida por Manoel Barcelos Domingos em fins do século XVII em suas extensas terras em Bangu, que deu origem ao Curato de São Sebastião e Santa Cecília de Bangu. Entretanto, no princípio do século XVIII, a Ermida e Nossa Senhora do Desterro, construída em Bangu estava quase em ruína, e a população de Campo Grande passou a reivindicar a construção de uma igreja mais ampla, em face do crescimento daquela Freguesia.Consta que em 1725 foi construída uma capela primitiva em Campo Grande, em terreno doado pela família Barreto. Em 1747, o Pe. Pizarro de Araújo conseguiu que o Sr. Francisco Gomes de Almeida, proprietário do Engenho de Santo Antônio do Joary, doasse parte de suas terras para a construção do templo. Prevaleceu então o orago da primitiva ermida de Bangu e em 12 de janeiro de 1755, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. Somente em 1796 foram iniciadas as obras do novo templo. A Capela-mor ficou pronta em 1808, sendo então franqueada ao público. Em 1882 um pavoroso incêndio destruiu a Igreja. Na época, os bombeiros iam de trem do Quartel da Praça da República e ocupavam os carros de incêndio puxados a cavalo para vencer o areal da região, às vezes tinham que se valer de juntas de boi. Diante de tanta dificuldade, não foi possível salvar absolutamente nada da velha Matriz, de localização tão distante. Tempos depois, o Pe. Belisário Cardoso dos Santos, grande empreendedor reconstruiu a Matriz e criou um grande cemitério, como era de praxe na época, no local onde hoje se encontram as lojas da Casa Cruz.
Depois, houve a reforma realizada pelo Pe. Alfredo Pereda, que reconstruiu a abóbada, anteriormente de madeira e comida pelos cupins, que corria o risco de desabar, aboliu os altares laterais e abriu os arcos falsos, reforçados com uma cinta de concreto, criando os atuais arcos e assim ampliando a nave da igreja, como ela se apresenta hoje.
Fonte: Templos Católicos do Rio de Janeiro, Orlindo José de Carvalho – Manual, 2009